Foi por não saber sofrer
que aprendi a ser poeta.
Para não carregar dores,
atirei pesares ao papel.
Ao minguar minha alma,
expandi meu íntimo a tinta.
Quis narrar tristezas e
as palavras tramaram versos.
Mesmo ao me esvair em alegria,
partilhei sorrisos em letras.
Hoje vivo em um cativeiro
de delírios documentados
e por não querer voltar,
aprendi a ser poeta.
Ana Paula Gervoni